Noites de insônia e seus méritos

Olá, caros caros leitores,

Vez ou outra a dona insônia vem e me pega de jeito. Vem e quer ficar, porque se instala em dias seguidos. Confesso que meu humor fica, ou ficava até hoje, um dos piores, afinal a noite foi feita para dormir, como dizem.

Desde menina, após ler Pollyanna, aprendi a dar mais atenção ao lado bom das coisas do que para as ruins. Não foi à toa que fui estudar Psicologia Positiva, que me trouxe ainda mais sentido nessa perspectiva.

Com essa carga de positividade que carrego quase desde sempre, talvez até genética, e que talvez até irrite quem convive comigo, essa noite tive um insight positivo sobre a “bendita” insônia”.

Pois a vida, meus caros, vai passando em velocidade assustadora, vivemos em busca da perfeição e para tanto é muito comum assumirmos compromissos muito aquém somos capazes de cumprir, ao menos sem pirar de vez em quando. Comigo não é diferente, pois além de cuidar da minha vida, ainda quero cuidar da vida do outro (no bom sentindo).

E os dias vão ficando intermináveis e pesados, mesmo com uma carga extranormal de positividade na veia. Tem dias que o corpo adoece, a memória falha, a paciência acaba, a insegurança assola, a tristeza se instala e as dúvidas surgem num vendaval infinito. Ok, levando em consideração que somos humanos e não robôs.

Depois de um dia intenso, lá vou eu para a cama cheia de cansaço, querendo mais é dormir umas dez horas seguidas para desligar dessa loucura. Eis que as horas vão passando e nada do sono chegar.

Na noite passada aconteceu isso, de novo, pela segunda noite consecutiva. Automaticamente, eu sendo eu, comecei a travar uma briga comigo mesma, com minha ansiedade em resolver tudo aquilo que não está ao meu alcance, pois, diga-se de passagem, se estivesse certamente euzinha já tinha dado um jeito de resolver, como ao menos tento fazer com tudo. Isso sim é um desastre!!

De repente, em meio a meditações e concentrações para dormir, me dei o direito de ficar acordada e transformar aquilo que chamo de ansiedade em momentos de clareza, oportunidade para encarar frente a frente tudo aquilo que me incomoda e levo junto para a cama, para o trabalho, para as relações, para a vida. Pensei, a cama é só mais um lugar, em meio a toda uma existência.

Pois bem, deixei fluir, parei de brigar comigo por isso também. Foi duro, mas foi inovador, porque dessa vez percebi que mesmo cansada por não dormir, ao amanhecer estava renovada, cheia de novos planos e desafios para comigo mesma. Enxerguei sentimentos e necessidades que deixo passar batido no dia a dia por falta de tempo (pura desculpa!!).

Hoje não quero mais dizer que minha insônia é sinônimo de ansiedade, mas sim que é sinônimo de necessidade. Necessidade de parar tudo e olhar só para mim, de dar atenção plena a minha pessoa, aos meus problemas mais íntimos, a minha “torta” existência, alguns dos meus temores, ressaltar minhas conquistas, renovar meus desafios. É, portanto, um momento de bravura, hora de realmente passar a vida a limpo.

Levantei, tomei um banho quentinho, coloquei a roupa para lavar, tomei um bom café e parti em busca daquilo que me faz mais feliz, aquilo tudo que não deveria me tirar o sono, mas  aquilo que me reconforta, alivia, transforma e modifica os padrões, as formas, as energias, as sensações e vibrações. Dessa vez, a culpa dessa coragem revivida devo exclusivamente a uma crise de insônia. Quem diria!!

Concluo, mais uma vez, que nem tudo é tão ruim quando conseguimos enxergar o lado bom. E sempre há o lado bom, mesmo que demoremos a enxergar, acreditem!

E bora ser feliz de dia ou de noite, dormindo ou acordada, sonhando ou meditando, chorando ou sorrindo, parados ou correndo, já que temos a grande sorte de estarmos bem vivos!!

Abraços de urso, cheios de positividade!

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