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A morte da minha mãe!

Quando pensei em escrever sobre a morte da minha mãe, pensei em escrever sobre a perda da minha mãe. Eis que me deparei com a realidade de que a morte é muito mais que uma perda, é uma crueldade para sempre, não tem retorno, não tem perspectiva, não tem fim. Se passaram sete meses e sinto um desespero infinito, esse choque com a realidade que sua existência acabou, que não vou poder tocá-la e nem vê-la nunca, nunca mais. A não ser pela religiosidade, que me permite pensar num encontro no além, sem a menor hipótese de ser certeza que isso ocorrerá. Então, a morte agora representa o  fim! Sinto esse desespero me sufocar, me doer a alma, o coração, os pensamentos, a razão. Nada parece me confortar. Nem mesmo o fato de ter a consciência e a inteligência suficientes para saber que mamãe não estava comigo há tempos, que ela precisava ir, descansar como dizem, parar de sofrer e todas essas verdades que parecem sem fundamento algum  quando penso que não vou vê-la mais, simples assim. Seria ego

Liberdade por um momento!

Que liberdade me sentir só, sem julgamentos,  expectativas ou medos. A solidão pode ser libertadora se vc a reconhece e conversa com ela e a respeita e a aceita. Saborear a solidão é mais  incrível do que lutar com ela, pois ela está ali e vc não quer reconhecê-la (parece um fantasma), custe o que custar. Pode custar uma úlcera, algumas noites de insônia, várias sessões de terapia querendo achar o culpado (não que eles não existam), ficar obesa, comer um quilo de chocolate, ficar magra e achar que continua gorda, pode ser avassaladora porquedói e confunde. A solidão é viseral e é só nossa, própria de cada um! Mas, eis uma luz que reflete momentos e a possibilidade de se sentir melhor só do que acompanhada (talvez com as pessoas erradas??), pois a realidade bate ali na porta, que na verdade está escancarada. Vontade de chorar com a música ou com a coragem que agora te invade ao enfrentar a solidão?? Não é cabível respostas. O Universo é infinito, as dores também, as alegrias também, que

Lições de 2022

O que aprendi mais fortemente em 2022 A palavra empatia é falada a todo momento, porém é difícil praticá-la sem confundir com simpatia. Simpatia é bem vinda, mas é mais rasa, um sorriso basta para dar um "match" com o outro. E pronto, pode ficar por aí!! Estive participando de eventos em que pessoas foram homenageadas.  E prestei muito atenção nas reações, nas emoções, nos choros e sorrisos.  Comecei uma vida nova com uma pessoa com outro tipo de cultura. Nem sempre é fácil entender.  Palestrei para jovens, adultos, colegas de trabalho, todo tipo de gente, online e presencial. Pude observar olhos brilhando, emoções aflorando, perguntas angustiantes. Participei de despedidas de seres amados, às vezes de longe, mas de maneira genuína. Presenciei pessoas se unindo pelo amor e vi a cumplicidade num simples olhar. Chorei, me alegrei, me contentei e sofri com todas essas pessoas. Refleti em cada situação, em cada expressão de emoção que notei, positiva ou negativa, na importância d

2021, o ano que cinquentei!

Caros leitores, Falta bem pouco para esse ano findar e sinto em meu coração certa angústia para que acabe logo. Quero deixar para trás meus surtos e angústias, pois, mesmo sabendo que apenas o calendário mudará, um ano novo traz a esperança de novas chances e oportunidades. 2021 foi difícil, foi pesado, desafiador e muitas vezes triste. Teve muita felicidade e conquistas também, muitos resultados positivos e alguns momentos inesquecíveis. Acredito que nós, eu que estou escrevendo e você que está lendo esse texto, somos verdadeiros sobreviventes, já que ao nosso redor mais de 618 mil vidas se foram. Bora agradecer!! E no meio dessa loucura de ano de incertezas, salientando que vivemos de incertezas todo o sempre, eis que cinquentei. Meio século de vida e histórias malucas, algumas geniais, outras estúpidas, algumas pela metade e algumas válidas por mil anos. Não pude fazer a festa de arromba que eu sonhei, por dois bons motivos, a pandemia e a verba. Ah sim, não fosse o COVID seria a fa

Noites de insônia e seus méritos

Olá, caros caros leitores, Vez ou outra a dona insônia vem e me pega de jeito. Vem e quer ficar, porque se instala em dias seguidos. Confesso que meu humor fica, ou ficava até hoje, um dos piores, afinal a noite foi feita para dormir, como dizem. Desde menina, após ler Pollyanna, aprendi a dar mais atenção ao lado bom das coisas do que para as ruins. Não foi à toa que fui estudar Psicologia Positiva, que me trouxe ainda mais sentido nessa perspectiva. Com essa carga de positividade que carrego quase desde sempre, talvez até genética, e que talvez até irrite quem convive comigo, essa noite tive um insight positivo sobre a “bendita” insônia”. Pois a vida, meus caros, vai passando em velocidade assustadora, vivemos em busca da perfeição e para tanto é muito comum assumirmos compromissos muito aquém somos capazes de cumprir, ao menos sem pirar de vez em quando. Comigo não é diferente, pois além de cuidar da minha vida, ainda quero cuidar da vida do outro (no bom sentindo). E os d
Cuidado com o rótulos É muito comum que pessoas ao nosso redor, muitas vezes pessoas que nos amam, nos rotulem com os nossos defeitos, com as nossas fraquezas e  com  aquilo que  acham a nosso respeito. Não devemos comprar essas críticas como uma verdade. Precisamos acreditar em quem somos, respeitar nossos limites e emoções. Não podemos acreditar em qualquer coisa que falam ou pensam ao nosso respeito, pois é comum vestirmos a carapuça e deixarmos nos enfluenciar pelo outro, desacreditarmos de nós mesmos. Todos somos seres dotados de inteligência e capacidades que muitas vezes desconhecemos e  não valorizamos. Precisamos nos autoconhecer com urgência, cuidarmos de nós como ninguém mais pode cuidar. Não devemos esperar do próximo que reconheçam nosso interior, sejam lá as nossas virtudes ou defeitos afinal somos muito mais do que os outros podem enxergar ou avaliar. Somos um universo único e especial! Muitas vezes tenho me deparado com pessoas que estão paralisadas, que não conhecem se

Saindo da zona de conforto

  Vivemos num planeta em que tudo acontece em velocidade luz. Hoje estamos numa situação confortável, amanhã nossa vida pode mudar de cabeça para baixo.   Eu digo, que bom!! Imagina não ser alvo de mudanças nunca? Eu morreria... Até porque, particularmente, não consigo me imaginar numa frequência de mesmice. Sabe quando você acorda e não planeja absolutamente nada do seu dia? Quando você não consegue sequer decidir se vai ser feliz ou apenas vai deixar os percalços do dia te levar? Para onde nem importa muito, desde que você vá, mesmo que seja para lugar algum. Não quero isso para mim... Não creio que existem padrões certos ou errados da existência, mas admiro aquelas pessoas que tem um objetivo maior na vida, que não seja o de apenas existir.   Na minha singela opinião, pessoas paralisadas são autodestrutivas sem perceber, não caminham, não progridem, não agregam, não inovam, não tem tesão real pela vida. Esse tipo de pessoa não sai do lugar muitas vezes por comodismo, por inclu